Sabem quando nos sentimos, simplesmentes, não-sociáveis? Pois foi assim que me senti todo o fim de semana.
Já algum tempo que não me sentia tão "GRRRRR" daí que, apesar de ter esperado ansiosamente pelo fim de semana para ir à praia como tanto queria, achei que não ia ter a calma necessária para enfrentar a "maralha" de domingo: os grupos de brasileiros que não têm a mesma noção de espaço pessoal que eu, com a música aos berros e as malditas cervejas, o pessoal todo encavalitado uns em cima dos outros, os bandos de adolescentes, as familias inteiras agrupadas com os vizinhos, a aproveitarem, tal como eu, o único dia verdadeiramente livre da semana, o carro a 3km de distância da praia porque está toda a gente lá, e enfrentar a fila de regresso.
Dado o meu estado de nervos em embulição, era sem dúvida demasiado para a minha sanidade mental.
Mas continuava a precisar, e não exagero na palavra, de Sol e de paz. Queria pegar no meu livro do Jorge Amado e encontrar o impossível lugar sossegado ao Sol num domingo. E, sobretudo, em segurança - não há pachorra para os palhaços que na praia não podem ver uma mulher sozinha!
Encontrei isso nos jardins do palacete ao pé de casa, cujo nome deixo na sombra porque encontrei ali o meu refúgio. Calmo, com uma vista fenomenal para o rio, eu, que sou uma pessoa de cidade e de praia, deixei-me estar ao Sol, rodeada do aroma intenso que exalava dos pinheiros quentes da torreira, a ler o meu livro, sozinha, sentada no cadeira recortada no muro, até o guarda do parque me avisar que era melhor sair que eram horas de fechar e corria o risco de ficar trancada no jardim. Ponderei a ideia. ;-)
Saí dali em paz com o Mundo. Com bronzeado à cavador, mas em Paz. E com mais uns capítulos lidos ;-)
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