Friday, February 22, 2008

BENFICA!!!!

Obrigada ao Publico

"Encarnados" empataram (2-2) mesmo em cima do apito final
Dois
minutos à Benfica resolvem jogo praticamente perdido

21.02.2008 - 22h35 Filipe Escobar de Lima, Nuremberga

Makukula caiu no chão de joelhos, com as mãos juntas mal o
árbitro apitou para o final. Nas bancadas, os adeptos do Nuremberga nem
acreditavam quando viram Dí Maria correr, correr e só parar com a bola dentro da
baliza de Blazek. Foram dois golos em dois minutos mesmo no final, que ditaram a
eliminação do Nuremberga e a passagem do Benfica aos oitavos-de-final da Taça
UEFA.

Bem pode Makukula agradecer este empate com sabor a vitória. Dois
minutos à Benfica frente ao antepenúltimo classificado da Bundesliga é muito
pouco e ontem foi tudo muito pouco na equipa de Camacho. Mas chegou. Para
desespero dos alemães e alegria pura dos portugueses.

O golo de
Charisteas, já na segunda parte, empatou a eliminatória e despertou demónios
antigos – foi o grego que marcou na final do Euro 2004 na Luz frente a Portugal
e foi o grego a marcar outra vez, agora ao Benfica. Mas o pior estava para vir:
nem dez minutos passados, e já com uma bola no poste da baliza de Quim (um
remate portentoso de Pinola), Saenko aumentou para 2-0, depois de um erro
incrível de Luís Filipe. O estádio explodiu e os “encarnados” estavam
eliminados. Mesmo com o passar do tempo, parecia uma eliminação inadiável,
sobretudo quando Cardozo falhou sozinho frente ao guarda-redes um golo feito.

Mas a fortuna não estava com o Nuremberga. E estava toda do lado do
Benfica. Após vários ressaltos à entrada na área alemã – e com o relógio a
marcar o minuto 89 – Cardozo fez o que já tinha feito na Luz contra o Celtic e
em Donetsk fremte ao Shaktar: numa floresta de pernas, a bola que saiu do seu
(famoso) pé esquerdo acabou dentro da baliza. Ponto final. No jogo e na
eliminatória.

E como se não fosse suficiente, os benfiqustas obrigaram
os 44 mil adeptos que encheram o estádio a assistir a um autêntico filme de
terror para a sua equipa. Ver Di María correr desde o meio-campo, sozinho, em
direcção à baliza – foram segundos de agonia para os alemães e de regozijo para
os poucos benfiquistas nas bancadas. O golo foi a cereja num bolo que o Benfica
nunca preparou.

O treinador do Nuremberga, Thomas Van Heesen, tinha dito
na véspera que não acreditava que Camacho jogasse com dois avançados. E acertou.
Mas não conseguiu acertar na linha de ataque do Benfica: Cardozo ficou no banco
e jogou Makukula (andou perdido em campo), autor do golo em Lisboa na primeira
mão. Mas C. Rodriguez também ficou de fora, optando o técnico espanhol por um
meio-campo reforçado por Katsouranis (Edcarlos fez o seu lugar a central), Petit
e Rui Costa; Maxi Pereira e Nuno Assis nas alas apoiaram o luso-congolês.

Foram dados vários avisos ao inferno de Nuremberga – mas os primeiros 15
minutos foram os melhores do Benfica. Logo a abrir, Rui Costa podia ter marcado,
num mau alívio da defesa germânica, mas o remate do português saiu à figura. E
foi de Maxi Pereira a maior perdida do primeiro tempo – ganhou um ressalto na
pequena área e, sozinho, atirou por cima. O Benfica passou então a jogar com o
tempo e a deixar nervosos os adeptos da casa. Só no final do primeiro tempo o
Nuremberga criou algum frisson: Charisteas dispôs da melhor ocasião de golo, mas
valeu Quim com uma defesa de recurso.

Parecia um final de primeira parte
premonitório. No segundo tempo, os “encarnados” entraram a dar a iniciativa de
jogo ao Nuremberga e a jogar com o cronómetro. Mas não conseguiram controlar o
adversário, que aproveitou para crescer à medida que o Benfica se encolhia.
Depois dos dois golos sofridos, Camacho emendou a mão – voltou a recuar
Katsouranis para central e colocou Sepsi na esquerda, a reforçar o corredor de
Leó. Cardozo entrou para acompanhar Makukula e estava ali o segredo do jogo,
mesmo sem um Camacho em desespero o saber...

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